O grupo Veleiro, conhecido pelo seu foco no sector da restauração e dos petróleos, está a investir mais de 201 milhões de dólares na construção do Futila See Breeze, localizado em Cabinda. É um condomínio habitacional que comportará 21 edifícios e um total de 298 apartamentos, avançou à FORBES o seu presidente e fundador, Pedro Godinho.
De acordo com o empresário, o projecto comtempla duas fases e, neste momento, tem já a primeira cumprida, com a conclusão de 11 edifícios e dos arruamentos. A previsão, avançou, apontava para a inauguração da primeira fase do empreendimento em Março de 2020, vontade essa adiada para 2021, por vários factores.
“Tínhamos o plano de inaugurá-lo em Março de 2020, mas a pandemia e as condições actuais do mercado não permitiram que o projecto fosse concluído na data prevista”, justifica.
O Futila See Breeze estava orçado em 173 milhões de dólares, mas acabou por se fixar nos 201 milhões de dólares, como consequência da galopante desvalorização do kwanza que se vem assistindo, revelou Godinho.
Além deste projecto já em curso, o grupo projecta também a construção de um hotel cinco estrelas à entrada da Ilha do Cabo, em Luanda, que poderá vir a ser gerido pela cadeia internacional de hotéis Radisson, com a qual, de acordo com o fundador do grupo Veleiro, já havia sido celebrado um acordo. Aliás, referiu Pedro Godinho, foi a Radisson que fez o acompanhamento da concepção do projecto, do ponto de vista técnico, adequando-o aos padrões com os quais estão habituados a operar.
No entanto, revela o empresário, o projecto encontra-se neste momento em reestruturação, no sentido de aprimorá-lo e adaptá-lo à realidade actual, uma vez que havia sido concebido, há já alguns anos, num contexto socio-económico e financeiro diferente do actual. Na altura da concepção, há cerca de seis anos, previa-se aplicar na construção da unidade hoteleira cerca de 195 milhões de dólares.
“Mantemos neste momento o vínculo primário com a Radisson, mas já recebemos também o convite para podermos criar parceria, em termos de gestão, com uma cadeia muito famosa e de prestígio americana”, adiantou. O gestor recusou-se a revelar o nome da aludida cadeia americana de hotéis, mas garante que se está numa fase preliminar dos acordos.
Caso se consiga fechar o pretendido acordo, o empresário diz acreditar que com o provável controlo da pandemia, face ao surgimento de várias vacinas, poder-se-á ter as condições criadas para se avançar com o projecto, desde que esteja garantido o financiamento.
“O nosso foco actual é concretizar o projecto do hotel. Ele é a minha maior ambição do momento, porque uma vez construído vai criar pelo menos mil postos de trabalho e vamos ter uma infra-estrutura com a qual nos poderemos orgulhar, pela sua apresentação arquitectónica, localização e pelo sucesso que poderá ser”, afirmou.