O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, anunciou esta Terça-feira, em Luanda, o reforço da linha de crédito Portugal-Angola em mais de 500 milhões de Euros, que se somam aos 2 mil milhões actuais.
O chefe do Governo português avançou esta informação no Palácio Presidencial, depois de um encontro com o Presidente da República de Angola, João Lourenço.
A linha de financiamento resulta da assinatura de 12 instrumento, sob forma de memorando de entendimento e contratos de cooperação, que abrangem as áreas do ensino superior, finanças, turismo, formação técnico-profissional, segurança pública, saúde, trabalho, administração pública, pescas e regulação farmacêutica.
“Apesar de esta linha não estar ainda esgotada, este aumento é um sinal de confiança no futuro de Angola”, assegurou.
O primeiro-ministro português ressaltou ainda que “o nosso objetivo é mesmo criar um novo impulso, um novo grande impulso na relação dos dois países e nas relações económicas em particular”.
Por sua vez, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, defendeu a necessidade dos dois países dinamizarem a cooperação nos sectores que, sendo vitais para as economias de Angola e Portugal, ainda não adquiriram a velocidade desejada, nem o grau de implementação suficientemente aceitável, para que se possa fazer um balanço ainda mais satisfatório da cooperação bilateral do que o que se tem registado até ao presente momento nestas quase cinco décadas de intercâmbio.
“Depois de termos assinado aqui em Luanda, no ano passado, o Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2023-2027 que abarca áreas sensíveis como a educação, a saúde, a justiça, a segurança e a agricultura, as quais, no âmbito deste PEC, têm funcionado adequadamente, conviria que, relativamente aos outros sectores que também dele fazem parte, se promovessem iniciativas capazes de activar a sua implementação com a mesma eficiência que se verifica em relação aos que fiz referência”, precisou.
João Lourenço considerou ainda que o quadro actual das relações internacionais é complexo e encerra perigos que requer de todos uma visão realista e pragmática sobre os caminhos a seguir para que se consiga pôr cobro aos conflitos que se desenrolam no Leste da República Democrática do Congo, no Sudão e em outras regiões do continente africano.