As autoridades moçambicanas estão a finalizar as negociações com os dois consórcios liderados pelas empresas italiana Eni e chinesa CNOOC que venceram o sexto concurso internacional para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos, faltando a aprovação e assinatura dos respectivos contratos.
“As negociações estão praticamente no fim e, no máximo, até finais deste ano, os contratos serão apresentados ao Governo, para que os possa aprovar, para que as operações possam iniciar”, disse o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, que falava aos jornalistas à margem do oitavo conselho coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, realizado há dias.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia avançou que o Governo vai estudar a possibilidade de lançar mais concursos internacionais para a pesquisa e prospecção de hidrocarbonetos, tendo em conta o potencial energético do país.
“O aproveitamento dos recursos energéticos de que Moçambique dispõe torna-se mais pertinente ainda, dado o período de transição energética” que o mundo vive”, referiu o governante, citado pela Lusa.
Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado. Dois desses projectos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido.