A União Europeia (UE) apresentou recentemente ao Governo da Guiné-Bissau o seu programa indicativo para o período 2021-2027, orçado em 112 milhões de euros, que devem ser aplicados no desenvolvimento humano, economia verde e inclusiva, boa governação e estabilidade.
O vice-primeiro-ministro guineense, Soares Sambú, sublinhou na ocasião o facto de o programa indicativo multianual da União Europeia ser um documento de cooperação “com importância estratégica” para a edificação na Guiné-Bissau dos “desígnios de estabilidade, boa governança e de desenvolvimento sustentável”.
Segundo a Lusa, o governante realçou o facto de a cooperação entre a Guiné-Bissau e a União Europeia estar prestes a completar 50 anos, bem como o facto do programa indicativo multianual ser aquilo que considerou “uma feliz interpretação” das prioridades do país e em linha com a agenda de Desenvolvimento da África (2020-2063) e do Desenvolvimento sustentável 2020-2030.
O acordo para a execução do programa foi rubricado entre o vice-primeiro-ministro guineense, Soares Sambú, e a embaixadora da UE em Bissau, Sónia Neto, na presença dos embaixadores da Espanha, França e Portugal, bem como de vários ministros do Governo da Guiné-Bissau.
O governante guineense enalteceu a cooperação do país com a União Europeia, particularmente no domínio das Pescas, em que a Guiné-Bissau recebe uma compensação anual de 15,6 milhões de euros, e a formação de quadros.
Nesse sentido, Soares Sambú destacou os trabalhos em curso para permitir que a Guiné-Bissau tenha o seu primeiro laboratório de certificação do pescado, permitindo a exportação para o mercado europeu.
Por sua vez, a embaixadora da UE em Bissau explicou que dos 112 milhões de euros, previstos para executar o programa indicativo multianual, 34% serão gastos em projectos ligados ao eixo Desenvolvimento Humano, 40% no eixo Economia Verde e Inclusiva e 18% em projectos do eixo Boa Governação e Estabilidade.
Sónia Neto destacou também a importância do acordo de parceria no domínio das Pescas, que completa agora 15 anos, sendo a Guiné-Bissau o terceiro país com a qual os “27” mantêm o entendimento na matéria com maior volume, a seguir a Mauritânia e o Marrocos.