A empresa pública angolana de telecomunicações, a Angola Telecom, não será privatizada, pelo menos para já, segundo revelou o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, alegando que “está em jogo a defesa do interesse nacional”.
De acordo com o governante, a Angola Telecom, dentro da sua estratégia, poderá concessionar a sua actividade operacional e comercial, mas não haverá entrada de terceiros no seu capital social.
Sobre a mudança de decisão, considerou ser próprio da evolução do sector, tendo em conta outras experiências internacionais, que não correram bem e que deram prejuízos a esses países. “Noutros sectores da economia e em outras partes do mundo há avanços e recuos neste tipo de decisões”, salientou Mário Oliveira, citado pela Lusa.
O titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social acrescentou que o Estado vai continuar a apoiar a empresa nos projectos estruturantes como faz com as outras empresas públicas.
A Angola Telecom está inscrita no programa de privatizações (PROPRIV), que foi em 2023 prorrogado por mais três anos, mas em vez de alienar as participações sociais, como estava previsto no programa inicial (2019-2022), a modalidade escolhida será a cessão do direito de exploração e gestão.