O Governo angolano vai priorizar, nos próximos tempos, o sector marítimo e portuário para tirar “maior partido” da dimensão atlântica e da economia azul que possui, avançou esta Terça-feira, em Luanda, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas de Abreu.
“Portanto, são áreas que precisamos de conseguir garantir uma maior rentabilidade para darmos esse tal contributo para a diversificação económica”, disse o ministro angolano, durante o 16° Conselho Consultivo do Ministério dos Transportes, que decorre sob o lema: “unindo mercado para uma economia sustentável”.
O mar, segundo considerou, tem muitas potencialidades e Angola tem, felizmente, a sorte de ter uma costa de 1600 quilómetros, tendo como a fronteira próxima o Brasil.
Durante a sua intervenção, Ricardo Viegas de Abreu destacou vários projectos importantes, sobretudo o “projecto de cabotagem”, que já arrancou e que se vai consolidando, mas que precisa de ser mais dinamizado.
“O projecto de cabotagem está hoje muito virado para a parte Norte, procurando reduzir a insularidade de Cabinda e ligando Soyo a Cabinda mais próxima”, assegurou.
O titular da pasta dos Transportes disse que não tem dúvidas de que isso irá garantir uma contribuição muito importante para a economia do Sul, Centro e Norte do país, destacando que existem a nível do Corredor Norte (Caminho de Ferro de Luanda) e o Corredor Sul (Caminho de Ferro de Moçâmedes).
Entretanto, sublinhou haver uma bandeira importante que hoje é exaltada a nível internacional, que é o Corredor do Lobito.
“Este é um desafio que, ainda assim, não está totalmente ganha. Portanto, temos aí oportunidades maiores para tiramos partido dessa grande infra-estrutura, que é o Corredor do Lobito a nível do seu próprio impacto na diversificação economia e no crescimento da nossa economia”, ressaltou.
Nesta altura, informou, o Governo prepara a dinamização de um entidade que possa fazer a promoção das potencialidades do Corredor do Lobito, uma entidade que participe na divulgação daquilo que são as potencialidades que o país tem, quer do ponto de vista do agronegócio, quer a nível da indústria transformadora, como a nível da inovação, da tecnologia e até do turismo.
“E, por essa razão que penamos um pouco mais longe daquilo que hoje se fala muito, que é a parte da infra-estrutura, seja a parte marítima, seja a parte ferroviária”, acrescentou.