Uma comitiva do governo angolano e vários empresários de topo, reforçaram há dias, em Bruxelas, a necessidade de financiamento para realização de investimentos em Angola, além de apelarem à entrada de novas iniciativas empresariais no país.
O apelo feito durante o primeiro Forúm UE-Angola que teve lugar no passado dia 24 na Bélgica, já mereceu reacção positiva dos investidores europeus, com a embaixadora da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, a assegurar que Europa vai apoiar o empresariado angolano.
“Estamos juntos”, garantiu a diplomata, na capital belga, onde cerca de 800 pessoas discutiram na passada semana as novas formas de fazer negócio e instrumentos de financiamento para Angola.
O objectivo do encontro foi o de lançar uma série de diálogos público-privados sobre as reformas de Angola para apoiar o investimento do sector privado e as ligações empresariais, com foco nas áreas com maior potencial de negócio para os europeus.
Presente no certame, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, deu a sua visão sobre a agenda de reformas políticas e económicas de Angola, e o que designou por um novo “paradigma de governação” que, como sublinhou, visa criar um verdadeiro Estado democrático e de Direito e estabelecer as bases de uma economia de mercado que consiga promover a diversificação económica.
Para o governante angolano, o combate à corrupção e à impunidade, destacando a recuperação e activos financeiros e imóveis, bem como as acções de fiscalização do Tribunal de Contas têm permitido “moralizar a execução financeira do Estado”.
Nunes Júnior realçou ainda que, no campo económico, a implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica, a partir de 2018, permitiu ao país sair de uma situação de défices orçamentais sucessivos e entrar numa trajectória de saldos fiscais positivos, salientando as avaliações “sistematicamente positivas” do FMI.
“Este é um sinal claro da confiança da comunidade financeira internacional no programa de reformas que o Governo tem estado a implementar”, apontou Manuel Nunes Júnior, citado pela Lusa.
Para Manuel Nunes Júnior, o investimento europeu será sempre muito bem-vindo em Angola com vista a aportar ao país, não só o capital financeiro, mas sobretudo o know how e a tecnologia de que o país tanto necessita.
Por seu turno, Mário Caetano João, ministro da Economia e Planeamento, falou do interesse de Angola em se apresentar como destino de investimentos e encontrar, nos angolanos “uma ponte” para que as empresas europeias se possam internacionalizar também no mercado angolano.




