O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro angolano, Ottoniel dos Santos, descartou nesta Quinta-feira, para já, a emissão de ‘eurobonds’, apesar de os indicadores macroeconómicos permitirem que Angola recorra a este instrumento.
Ottoniel dos Santos falava aos jornalistas numa sessão promovida pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, que abordou o tema “Programa de Reforma e Sustentabilidade das Finanças Públicas”.
Segundo Ottoniel dos Santos, o Estado angolano emitiu recentemente obrigações de tesouro no mercado nacional, mas para investidores que operam em Angola, dos quais alguns têm fluxos em moeda estrangeira, sem qualquer ligação à emissão de ‘eurobonds’.
O governante angolano salientou que Angola faz um acompanhamento “muito firme” sobre o rácio de dívida e o Produto Interno Bruto e sobre a solvabilidade do país relativamente àquilo que são os principais indicadores macroeconómicos, o que permite que possa entrar no mercado internacional, no momento em que achar “mais adequado”.
Neste momento, argumentou Ottoniel dos Santos, os mercados internacionais estão novamente abertos a países com as características de Angola, todavia, para o Governo angolano não é a melhor altura para emitir “eurobonds” devido aos juros que estão a ser cobrados.
“Nós achamos que são taxas proibitivas e por essa razão estamos numa expectativa a olhar para aquilo que são os desenvolvimentos junto de mercados internacionais, especialmente no que diz respeito à definição das taxas”, referiu, citado pela Lusa.