O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, reconduziu Rogério Lucas Zandamela no cargo de governador do banco central moçambicano, cargo que assumiu meses depois de irromper o escândalo das dívidas ocultas do Estado, agora em julgamento, num montante que envolve, segundo o Ministério Público, cerca de 2,7 mil milhões de dólares. O anúncio da recondução foi feito nesta Quarta-feira, 01, pela Presidência da República.
Antes de ser nomeado para o cargo, o responsável era funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde 1988, tendo exercido sucessivamente as funções de representante-residente da instituição no Brasil e de chefe de Missão para Arménia, Costa Rica, Gâmbia, Guatemala, Libéria, Malásia, Nicarágua, Peru, Trinidad e Tobago e Zimbabué, no Departamento de Mercados Monetários e de Capital.
Zandamela ocupa o cargo desde 2016, substituindo no cargo Ernesto Gove, que governou o banco centarl moçambicano por dez anos. Entre os momentos marcantes dos dos seus primeiros cinco anos de mandato está a intervenção pública no Moza Banco, entretanto vendido em 2018 à Kuhanha, entidade que gere o fundo de pensões dos trabalhadores do banco central.
Já este ano, o Banco de Moçambique interveio em Junho, ao suspender o Standard Bank do mercado cambial interbancário durante um mês, após detetar “infrações graves”, com destaque para manipulação fraudulenta da taxa de câmbio.




