A fusão das três operadoras do grupo estatal de Cabo Verde de telecomunicações móveis e fixa, internet e televisão por subscrição (CVTelecom) deva acontecer na próxima quarta-feira, dia 13 deste mês, data marcada para a reunião extraordinária da assembleia-geral de accionistas.
A convocatória, a que a Lusa teve acesso, explica que, entre outros pontos, os accionistas serão chamados a votar o projeto de fusão da CVTelecom, CVMóvel e CVMultimédia, bem como a proposta da alteração dos estatutos da CVTelecom.
Em janeiro, o presidente da CVTelecom, João Domingos Correia, já havia anunciado que estavam a prever que dentro de seis meses teriam uma só empresa com os seus negócios, realçando, na altura, que “a opção vai permitir ganhar eficiência operacional e terá repercussão positiva nos preços aos consumidores”.
Apesar de ter dado a conhecer que o processo iria mesmo avançar, João Domingos Correia garantiu no princípio deste ano que não estavam previstos despedimentos com a fusão das empresas do grupo que contavam, em Janeiro de 2020, com mais de 400 trabalhadores.
“A CVTelecom vai ter de recrutar mais pessoas, com o perfil tecnológico adequado, e nós estamos em processo de reorganização, fazendo reciclagem das pessoas que ainda são recicláveis e trabalhar no processo de reforma antecipada para aqueles que pretendam ir para casa mais cedo”, garantia o líder da CVTelecom.
A maior operadora de Cabo Verde na área das telecomunicações móveis, fixas, de internet e televisão por subscrição, registou um crescimento de 10,5% nos lucros, em 2020, para mais de 207 milhões de escudos (1,87 milhões de euros), detalha a Lusa.
A maioria do capital social do grupo CVTelecom é detida pelo Instituto Nacional de Previdência Social – instituto público que gere as pensões cabo-verdianas – em 57,9%, contando ainda com a estatal Aeroportos e Segurança Aérea (20%), a Sonangol Cabo Verde (5%), o Estado de cabo-verdiano (3,4%) e accionistas privados nacionais (13,7%).
Jaime Pedro