O relatório do primeiro trimestre do Fundo Petrolífero de Timor-Leste publicado nesta Segunda-feira, 08, pelo Banco Central local dá nota que as entradas brutas de capital, na principal fonte do Orçamento Geral do Estado do país foram de 49,06 milhões de dólares.
O documento, citado pela Lusa, indica que o resultado foi um retorno para a carteira do Fundo de -5,33%, enquanto o do benchmark para o mesmo período foi de -5,61%.
No mesmo período, saíram do fundo 303,52 milhões de dólares, dos quais 300 milhões sob a forma de transferências para o Orçamento de Estado e 3,52 milhões para cobrir os custos de gestão operacional.
As receitas correspondem a 37,63 milhões de dólares provenientes dos contribuintes e 11,43 milhões de dólares de pagamentos de royalties por parte da Autoridade Nacional do Petróleo.
Entretanto, o Fundo Petrolífero avalia, nesta altura, 17,84 mil milhões de dólares referente ao mês de Junho menos do que os 19,12 mil milhões registados no final de Março.
Já o rendimento dos investimentos do fundo, foi de -1,028 milhões de dólares, dos quais 79,19 milhões sob a forma de recebimentos de dividendos e de juros e -1,089 milhões sob a forma de movimento de valor mercado, enquanto o movimento de cambiais foi de -11,86 milhões de dólares.
O Governo de Timor-Leste avisou que, em Novembro de 2021, o saldo do Fundo Petrolífero, principal fonte da despesa pública, poderia cair 40% até final de 2026, “devido ao esgotamento de receitas petrolíferas e dos levantamentos excessivos incomportáveis para o Orçamento Geral do Estado (OGE)”.
No relatório de análise da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2022, preparado pela Comissão de Finanças Públicas do Parlamento Nacional, o executivo estimava que o saldo previsto do Fundo Petrolífero deveria cair de 18 mil milhões de dólares, no final de 2021, para cerca de 11 mil milhões de dólares, no final de 2026”.