O Fundo Global disponibilizou 4,7 milhões de dólares para financiar, até 2025, programas de combate ao VIH/Sida, tuberculose e malária em Cabo Verde, segundo a planificação da instituição internacional.
A maior parcela da verba disponibilizada pela instituição para o período de 2023 a 2025 será para financiar programas de combate ao VIH/Sida, com 2,99 milhões de dólares, seguido da malária, com 1,21 milhões de dólares, e da tuberculose, com 500 mil dólares, valor semelhante ao atribuído de 2020 a 2022.
Sobre Cabo Verde, que não regista casos de transmissão local de malária há mais de três anos, a instituição afirma que o “ambiente político forte e estável” e o “sistema de saúde robusto” do arquipélago “resultaram em ganhos significativos na luta contra o HIV, tuberculose e malária”, tornando o país elegível para se candidatar à certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a eliminação da malária.
“O país tem sido um líder nos esforços para eliminar a transmissão vertical do HIV – quando o vírus passa da mãe para o filho durante a gravidez – e é um dos poucos países da África Ocidental e Central que está perto de atingir esse objectivo”, descreve a instituição, na actualização sobre o arquipélago, feita no final de 2022.
A instituição, um dos principais doadores internacionais de Cabo Verde, a fundo perdido, afirma que os financiamentos disponibilizados visam apoiar o objectivo de o país eliminar já este ano a transmissão vertical do VIH e da sífilis, reduzir as mortes por tuberculose em 50% face a 2015, e tratar 100% das pessoas com tuberculose resistente aos medicamentos, além de manter o estatuto de Cabo Verde de ‘zero casos autóctones de malária’.
“A subvenção também apoia uma selecção de actividades direccionadas destinadas a ajudar a tornar os sistemas de saúde de Cabo Verde ainda mais resilientes e sustentáveis”, explica a instituição.