O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) de Angola e o Banco de Negócios Internacional (BNI) assinaram há dias um acordo de cooperação com propósito de reforçar o Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC).
Em declarações aos jornalistas, o presidente do conselho de administração do Fundo de Garantia de Crédito, Luzayadio Simba, fez saber que o acordo não prevê um valor fixo, sendo que dependerá da demanda.
“Portanto, sabemos que o Fundo de Garantia de Crédito está capacitado e, aliás, foi efectuada muito recentemente a capitalização do fundo, no sentido garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento económico”, lembrou.
Para ter acesso ao programa, segundo Luzayadio Simba, os produtores não podem ter dívida fiscal, crédito vencido a nível da banca, no caso daqueles que já têm algum financiamento.
De acordo com uma nota de imprensa, o acordo beneficiará as cooperativas e pequenos agricultores certificados pelo Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) que se dedicam à produção de milho, feijão, soja, café, ovos e frangos.
Por sua vez, o director comercial do BNI, Edson Matoso, explicou que cada projecto que for apresentado, passará por uma análise prévia dirigida por uma equipa específica e, posteriormente, a nível do banco, pelo comité técnico de investimento que executará toda análise dos planos de negócios antes de serem submetidos ao BNI.
Durante a sua abordagem, Edson Matoso disse que não será possível avançar o valor que o banco pretende desembolsar no quadro do acordo justificando que poderá perigar a oportunidade de todos os agricultores e pequenos e médios empresários estarem envolvidos no projecto.
Mas, entretanto, esclareceu que cada segmentação dos projectos acaba por ter um valor específico. “Há projectos na ordem dos 85 mil euros de financiamento como também outros que podem ser apresentados no valor de até 125 mil euros”.