A Fundação Arte e Cultura (FAC) e o Ministério da Cultura de Angola lançaram, esta semana, o projecto de implementação do Acervo Cultural Digital denominado “e-Zomba”.
O e-Zomba resulta de uma adaptação à tecnologia avançada dos dias de hoje e tem como propósito promover e disponibilizar a cultura angolana a nível nacional e global. Além disso, visa também tornar as culturas ancestrais e novas acessíveis ao público em geral, com foco na preservação do passado, acessibilidade no presente e promoção da pesquisa no futuro.
De acordo com o fundador e presidente da Fundação Menomadin, Haim Taib, o e-Zomba destina-se a chamar a atenção de investigadores, estudantes, historiadores, músicos, artistas e o público em geral, assim como, mostrar como a arte e cultura de Angola são interessantes.
“O arquivo e-Zomba garantirá a mais completa documentação e acessibilidade, o que permitirá levar a exposição a um público amplo e diversificado a nível nacional e internacional”, realça Haim Taib.
Pertencente à Fundação Menomadin, além de promover e divulgar a arte e cultura angolana, a Fundação Arte e Cultura dedica-se também à inserção social de crianças, adolescentes, jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade, através das artes.
O presidente da Fundação Menomadin apontou como exemplo do impacto da FAC a este nível, a Galeria Tamar Golan, lançada em 2012, que já acolheu mais de 120 artistas, em que cerca de 70% prossegue ainda a carreira artística.
No acto de lançamento do projecto, o ministro da Cultura, Filipe Silvino de Pina Zau, referiu que o projecto desenvolvido pela FAC, integra com aspectos da cultura angolana, o resgate dos valores, “uma preocupação que o seu pelouro sempre teve”, realçando que quando se fala em resgate fala-se em entidades.
“Estamos a preservar algo no sentido de pertença cultural de um país que é multicultural. Contudo, é na diversidade que vamos encontrar aprendizagem para a nossa unidade, respeito entre tradição e modernidade, bem como respeito entre ancestralidade e visão futura”, afirmou Filipe Zau.
Por seu turno, a directora-geral da FAC, Naama Margalit, salientou que o e-Zomba é a oportunidade para “preservar digitalmente os tesouros culturais” de Angola, em benefício da próxima geração, assim como conservar a honra dos criadores e dar uma oportunidade para o mundo inteiro desfrutar “desta rica cultura”.
Já a CEO da Menomadin Foundation, Merav Galili destacou a importância do projecto, uma vez que “vai digitalizar todos os activos da cultura angolana”, desde a música, esculturas, pintura e arte. “A partir de agora, tudo estará online e pessoas de todo mundo poderão finalmente ter acesso à maravilhosa cultura angolana”, enfatizou.