O Fundo para o Desenvolvimento Sustentável da Indústria do Açúcar em África (FSID) prevê investir no ‘continente berço’ quase 2,8 mil milhões de dólares até o final do ano fiscal de 2024-2025, através da sua holding operacional Indústrias de Açúcar do Zambeze
De acordo com um comunicado a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o compromisso foi assumido pelo representante do FSID, Luís Revés, na última reunião conjunta do comitê de accionistas e investidores, realizada, recentemente.
“Este investimento estará concentrado na participação em negócios estratégicos existentes, fusões e aquisições, na racionalização da cadeia de valor do açúcar, no aumento da produção agrícola e da capacidade industrial em operações subfinanciadas, bem como na realização de valiosos projectos greenfield de longo prazo”, lê-se no documento.
Citado no comunicado, Luís Revés, fez saber que embora o fundo tenha garantido com sucesso compromissos financeiros e comprado participações estratégicas em negócios relevantes, processos específicos de M&A na SADC, enfrentaram atrasos devido a terceiros, impactando o resultado desejado.
“Como resultado, um investimento de 350 milhões de dólares em Moçambique e mais de 500 milhões de dólares em Angola foram adiados. Além disso, eventos eleitorais em curso ou futuros em alguns países africanos levaram a novos atrasos, onde os investimentos estão suspensos e que o fundo espera superar nos próximos meses. O fundo está a planear um possível investimento greenfield de 20 anos na CEDEAO”, garantiu.
A Lusitania Investment Capital e os seus parceiros financeiros criaram o Fundo para o Desenvolvimento Sustentável da Indústria do Açúcar em África (FSID), em 2021, visando aumentar o sucesso da indústria açucareira em África, promovendo culturas de matérias-primas de elevado valor, particularmente açúcar, através de uma produção alimentar sustentável e de métodos de maior eficiência. O FSID busca ainda criar sinergias de investimento e complementaridade ao longo da cadeia de valor para criar, consolidar e aumentar o valor patrimonial do sector.