Os fotógrafos moçambicanos e defensores do clima e ambiente, Anésio Manhiça e Bruno Gomes, vão inaugurar no próximo dia 28 do mês em curso, no espaço cultural 16 Neto, em Maputo, uma exposição colectiva fotográfica, intitulada “Simbiose”.

A cerimónia de inauguração da amostra, que estará patente durante 30 dias, vai decorrer às 19:00 e contará com a presença de artistas, activistas e fazedores de políticas públicas.

À FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, Anésio Manhiça explicou que a “Simbiose” é baseada numa série de 14 fotografias, captadas na província e cidade de Maputo, que ilustram a poluição por plástico e vidro e documentam de forma criativa os imaginários sobre a poluição e as pegadas ambientais das indústrias poluentes.

A exposição, de acordo ainda com o artista, tem o desígnio de apresentar crítica criativa ao greenwashing e incentivar a inovação social dos cidadãos, de modo a reduzir e mitigar os efeitos ambientais das multinacionais.

Anésio Manhiça ressaltou igualmente que pretendem gerar um debate sobre a sustentabilidade das empresas nacionais e multinacionais, promover reflexão sobre a educação ambiental, a perda de biodiversidade e a ineficiência do Governo na redução e mitigação da poluição.

Por sua vez, Bruno Gomes disse que a exposição é uma indagação visual e crítica da tensão entre a estética da natureza e a crescente poluição no meio ambiente.

Este exercício, referiu, assume forma de campanhas publicitárias falaciosas, relatórios de sustentabilidade imprecisos ou a promoção de produtos verdes ou ecológicos que, na realidade, não têm um impacto ambiental significativo.

“Convida-nos a questionar as narrativas corporativas e a dinamizar os processos de
responsabilidade por danos ambientais em Moçambique e no mundo”, acrescentou.