Outubro foi o mês escolhido para a realização em Angola, nos dias 21 e 22, da 6.ª edição do Fórum Recursos Humanos (RH), já albergado em ocasiões anteriores por Moçambique e Cabo Verde, com perspectivas agora de ser alargado a outros países da lusofonia.
A ideia é que todos [países lusófonos] possam pensar e repensar o RH, capacitar os profissionais desta área, permitir que os mesmos tenham um papel eficaz dentro das suas organizações e ampliem as trocas de experiências, para que os Estados estejam muito bem posicionados em termos de gestão de pessoas, segundo a organização do evento.
Durante os dois dias, mais de 100 profissionais de RH de Angola, Moçambique, Cabo Verde e Portugal abordaram temas que dominam a agenda destes profissionais, entre eles as “Tendências de Gestão de Pessoas no Pós-pandemia”, “Técnicas que Impactam na Atração, Retenção e Gestão de Capital Humano”, “A Importância do Conteúdo Local para o Crescimento Económico Inclusivo”, “O Impacto da Covid-19 na Gestão de Pessoas e nas Organizações dos PALOP”, “A Importância da Gestão Estratégica de RH para o Desenvolvimento dos Futuros Líderes de Angola” e “A Tecnologia Como Meio de Transformação dos Processos das Pessoas e das Organizações”.
Falando à FORBES, Marlene de Sousa, Fundadora do Fórum RH de Moçambique, disse que às seis edições até agora realizadas foram essenciais para perceber quais são as melhores práticas e abordagens dos profissionais desta área, o que podem fazer melhor na gestão dos colaboradores para então garantir produtividade e o próprio desenvolvimento das pessoas, de modos que todos contribuam para um impacto positivo na organização e as mesmas tenham bons resultados.
“É necessário que os profissionais de RH partilhem experiências, estejam melhor qualificados, melhor desenvolvidos e preparadas para adaptarem-se aos novos desafios impostos pelo grande avanço tecnológico e pelo cenário pós-pandemia, que vai exigir de cada um o seu melhor na gestão de equipas que são na verdade o pilar das organizações que movimentam as economias e o desenvolvimento económico dos nossos países”, disse a também Co-Fundadora do Fórum RH Angola.
Por outro lado, Marlene de Sousa aponta que, pela experiência que tem em relação aos três países (Moçambique, Cabo Verde e Angola), existe pela frente muitos desafios, em que destaca o de se ter pessoas mais bem qualificadas em sectores que considera serem “chaves e do futuro”, ou seja, que têm uma intervenção directa no desenvolvimento e crescimento destes países. Outros desafios apontados por Marlene são os tecnológicos e da digitalização.
A co-fundadora do Fórum finaliza alertando que os profissionais de RH devem perceber que as suas funções têm de ser mais estratégicas, ao ponto de motivar as pessoas e fazê-las crescer dentro da organização. Ao mesmo tempo, acrescenta, “cada profissional de Recursos Humanos deve ser mais humanizado e estar mais próximo do colaborador”.
O Fórum RH foi criado em 2018, em Moçambique, onde foram realizadas as primeiras quatro edições, sendo que Cabo Verde acolheu a quinta e agora Angola acaba de albergar a sexta edição.