O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou, há dias, um desembolso de mais 2,15 milhões de dólares para a Guiné-Bissau, depois de uma segunda “avaliação positiva” ao programa de ajuda financeira ao país africano.
A decisão do conselho executivo do FMI permite um desembolso imediato de mais uma tranche, ao abrigo do Acordo de Facilidade de Crédito Alargado, em vigor desde Janeiro, com um prazo de 36 meses e um financiamento total de 36 milhões de dólares.
A nova tranche eleva o valor já entregue à Guiné-Bissau para 9,46 milhões de dólares e destina-se a “ajudar a satisfazer as necessidades de financiamento fiscal e da balança de pagamentos do país, no contexto dos desafios relacionados com a guerra da Rússia na Ucrânia, o aumento substancial do custo de vida, que está a afectar especialmente a população mais vulnerável, e os impactos persistentes da pandemia”, explica, em comunicado o FMI.
O organismo dá ainda conta de que a economia guineense cresceu 4,2%, em 2022 e deverá recuperar moderadamente para 4,5%, em 2023, enquanto a inflação deverá permanecer elevada. O FMI concluiu que as autoridades locais estão a tomar medidas para fazer face aos choques exógenos (externos) e continuam empenhadas em políticas e reformas fortes.
Segundo a Lusa, o conselho executivo aprovou também o pedido das autoridades de isenção por incumprimento dos critérios de desempenho relativos às receitas fiscais, ao limite máximo dos salários e ao limite mínimo do saldo fiscal primário interno.