A avaliação do programa de crédito alargado com São Tomé e Príncipe foi suspensa pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), por causa daquilo a que a instituição financeira considera “descarrilamento total” das metas estabelecidas e atrasos na implementação de reformas.
“O FMI decidiu pela não realização da sexta e última avaliação no âmbito do actual programa de Facilidade de Crédito Alargada”, adianta o Governo através de um comunicado do Conselho de Ministros.
Segundo o FMI, prossegue o documento, a partir do mês de Julho do corrente ano, “houve um descarrilamento total das metas estabelecidas no Programa de Facilidade de Crédito Alargado”, onde quase todos os critérios de performance estabelecidos não foram cumpridos pelo anterior Governo, e muitos foram desviados em grande medida.
A primeira reunião do novo governo são-tomense com o FMI decorreu na passada Sexta-feira, 09, com a participação do governador do banco central, tendo as duas partes chegado a conclusão que o défice primário doméstico em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), teve a sua derrapagem para valores nunca antes registado.
Segundo o Executivo, a implementação de reformas para viabilizar o apoio directo do Banco Mundial ao Orçamento Geral do Estado e que ajudaria a mitigar a diminuição das Reservas Internacionais Líquidas, foram quase todas elas atrasadas ou não implementadas pelo anterior Governo, liderado pelo ex-primeiro-ministro, adianta a Lusa.