O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real não-petrolífero de Timor-Leste na ordem dos 3,3%, este ano, após um aumento estimado de 1,5% em 2021, apoiado pelos gastos públicos e pela recuperação do consumo privado.
Segundo o relatório do conselho executivo do FMI consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o “forte progresso” de Timor-Leste com a vacinação permitiu o levantamento de restrições rigorosas de contenção, e espera-se que a economia continue a sua recuperação. Ainda assim, a organização internacional adverte que “grandes riscos negativos” permanecem.
“Um importante risco negativo a curto prazo é a reestenção de uma crise de saúde. As tensões geopolíticas em curso representam riscos adicionais, através de preços mais prolongados e/ou elevados de petróleo e alimentos”, explica o relatório.
A instabilidade política doméstica, acrescenta o Fundo Monetário Internacional, pode travar as reformas e os desastres naturais podem retardar ainda mais a recuperação.
O conselho executivo do FMI considera que a consolidação fiscal e as reformas estruturais são necessárias para “garantir a sustentabilidade fiscal”, fortalecer a posição do sector externo e apoiar uma transição mais suave para uma economia liderada pelo sector privado.