O sector petrolífero em Angola enfraqueceu, devido à extensão das operações de manutenção temporária, que provocaram a redução da produção no primeiro semestre, situação agravada com a descida dos preços no mercado, considerou esta semana o Fundo Monetário Internacional (FMI), em comunicado publicado no seu website.
No documento consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o organismo diz ainda que as exportações e as receitas petrolíferas diminuíram, resultando numa fraqueza nos sectores fiscal e externo, bem como numa depreciação “significativa” da taxa de câmbio nominal em Junho de 2023.
No documento sobre a conclusão das primeiras discussões de avaliação pós-financiamento com Angola, o FMI descreve que, após o forte depreciação da taxa de câmbio nominal a remoção parcial dos subsídios aos combustíveis, a inflação aumentou em Junho, para 11,3% (de 10,6%), pela primeira vez em 15 meses consecutivos, através do qual o BNA respondeu restringindo as condições de liquidez.
A instituição prevê que a inflação suba temporariamente em 2023/24, devido ao aumento dos preços da energia relacionados com a reforma dos subsídios aos combustíveis, e que diminua posteriormente.
Espera-se ainda um ajustamento fiscal moderado em 2023, em linha com o orçamento, prevendo-se um ajustamento mais significativo em 2024 com a reforma planeada dos subsídios aos combustíveis.
Os riscos descendentes para as perspectivas, termina o FMI, incluem uma descida maior do que o esperado nos preços mundiais do petróleo, a continuação da fraqueza da produção petrolífera e a incapacidade de implementar integralmente a reforma planeada dos subsídios aos combustíveis em 2024.