A primeira fase para a concepção de um novo empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) à República da Guiné-Bissau passou no crivo da administração desta instituição, com a aprovação, esta Quinta-feira, 17, da segunda avaliação do programa de ajustamento económico para o país africano.
Trata-se de uma fase considerada crucial na solicitação de recursos ao organismo de Bretton Woods, que, antes de novos desembolsos, procede à avaliação do programa anteriormente rubricado entre o Fundo e o Estado solicitante.
Para já, e na sequência da aprovação, o ministro das Finanças do país, João Fadiá, manifestou o regozijo do Governo com a aprovação da avaliação que deve levar os pedidos do país para mais perto de serem aceites, ou seja, para estabelecimento de um novo programa financeiro.
“A avaliação foi positiva graças ao esforço feito até aqui e que em princípio vai valer-nos, quando se concluir a terceira avaliação, a possibilidade de agora mais do que nunca ter um programa financeiro com o FMI”, apontou João Fadiá.
Citado pela Lusa, o ministro considera que o programa monitorizado pelo corpo técnico “já é muito bom, porque evidencia as tendências da qualidade de gestão”. Aliás, João Fadiá acrescenta que “é premissa para se passar um programa financeiro”.
O governante não tem dúvida que a fase agora despachada é um indicador para se fechar um programa financeiro e para abrir porta a parceiros bilaterais e multilaterais, isto é, para negociar e apoiar financeiramente o país. “Congratulamo-nos com este resultado que é um esforço de todos, mas é também um desafio acrescido para que a terceira avaliação que está já em curso possa ser positiva para nos prepararmos para a fase de negociação de um programa financeiro”, salientou Fadiá.
Foi no início desta semana, precisamente na Segunda-feira, que o FMI anunciou que aprovou a segunda avaliação do programa de ajustamento económico da Guiné-Bissau, um passo fundamental para garantir um empréstimo ao abrigo de um novo programa financeiro.
No relatório da avaliação, o Fundo considera que as autoridades guineenses “fizeram progressos satisfatórios para estabelecer um histórico forte de implementação de políticas e reformas, um requisito fundamental para avançar na possibilidade de um acordo sobre uma Linha de Crédito Ampliada [Extended Credit Facility, ECF, no original em inglês] em 2022”.