O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um acordo para São Tomé e Príncipe, no valor de 24 milhões de dólares válido por 40 meses, para apoiar as reformas económicas e estruturais do país.
“A quantia restante será desembolsada ao longo da vigência do acordo, sob reserva das avaliações semestrais”, refere o FMI num comunicado divulgado esta madrugada.
O acordo está vinculado a um plano que o FMI reconhece que “implica um ajustamento orçamental considerável, crucial para reduzir a elevada dívida pública e reequilibrar a economia […] garantindo, ao mesmo tempo, a protecção de grupos vulneráveis” e que inclui “reformas urgentes no sector da electricidade e mudanças estruturais no médio prazo para facilitar a transição energética verde e despoletar o potencial de crescimento do país”.
“São Tomé e Príncipe enfrenta grandes desafios macroeconómicos, nomeadamente, elevadas necessidades de importação de combustíveis, limitado potencial exportador e baixas reservas internacionais. Um grave choque na balança de pagamentos no início de 2023 gerou um enorme défice de financiamento externo”, explica o Fundo, citado pela Lusa.
Depois de a economia ter registado “um crescimento lento em 2022 e em 2023, devido à escassez de divisas e às falhas de energia” com a inflação a manter-se em níveis elevados, o FMI estima que “o crescimento deverá continuar fraco em 2024, embora a inflação tenha começado a recuar”.