O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou recentemente uma distribuição geral e histórica de Direitos Especiais de Saque (DES) – activo de reserva criada pela instituição para complementar as reservas internacionais dos países-membros – no valor de 650 mil milhões de dólares, para aumentar a liquidez global.
Trata-se, no fundo, de uma injecção de recursos para o mundo que visa reforçar a liquidez e as reservas de todos os países-membros, assim como fortalecer a confiança e estimular a resiliência e a estabilidade da economia mundial.
Da quantia aprovada, 42% do valor, equivalente a 275 mil milhões de dólares é destinada aos países de baixa renda ou os emergentes. Pretende-se com a decisão ajudar a reerguer as economias mais fortemente afectadas pela pandemia.
“Esta é uma decisão histórica – a maior afectação de DES na história do FMI e um tiro no braço para a economia global em um momento de crise sem precedentes. A alocação beneficiará todos os membros, atenderá às necessidades globais de longo prazo por reservas, criará confiança e promoverá a resiliência e a estabilidade da economia global”, declarou a directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
De acordo com um comunicado, a instituiçãos de Bretton Woods também está a explorar opções para ajudar os países mais pobres e vulneráveis nos seus esforços de recuperação económica.
“Continuaremos a nos envolver activamente com nossos membros para identificar opções viáveis para canalização voluntária dos países-membros mais ricos para os mais pobres e vulneráveis para apoiar a recuperação da pandemia e alcançar um crescimento resiliente e sustentável”, afirma Georgieva.
A distribuição geral da referida DES entrará em vigor no próximo dia 23 do mês em curso. Os Direitos Especiais de Saque recém-criados serão creditados aos países-membros do FMI na proporção das suas cotas existentes no Fundo.