O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a diversificação da economia de Angola, ainda muito dependente das receitas do petróleo, é a principal prioridade e é determinante para garantir um crescimento económico sustentável e inclusivo.
Implementar acções políticas para fomentar a diversificação económica é imperativo para alcançar um crescimento sustentável e inclusivo em Angola”, lê-se numa análise ao país, feita como informação de contexto no âmbito da última revisão do programa de ajustamento financeiro que terminou no final de Dezembro, e que foi esta semana colocado no site do Fundo.
“A economia de Angola é demasiado dependente no sector petrolífero, deixando a economia vulnerável a flutuações nos preços globais do petróleo; isto engloba os sintomas da ‘doença holandesa’ [‘dutch disease’, no original em inglês], que pode erodir a competitividade e atrasar o desenvolvimento de outros sectores”, lê-se na análise.
Por isso, acrescenta-se, “o desenvolvimento dos sectores não petrolíferos é ainda mais crítico para alcançar um crescimento sustentável, tendo em conta as incertezas relativamente às perspectivas de longo prazo para a produção petrolífera local e as tendências mundiais rumo à neutralidade das emissões de carbono”.
A análise à economia angolana foi feita poucos dias antes da aprovação da última tranche ao abrigo do programa de financiamento de 4,5 mil milhões de dólares, que terminou no final de Dezembro do ano passado, e fornece informação de contexto, mais teórica, para os técnicos que avaliaram o cumprimento das metas quantitativas e qualitativas do programa.