A agência de notação financeira, Fitch Rantigs, melhorou a classificação de Angola para B-, espelhando que o país voltou a demonstrar confiança aos credores internacionais e aos organismo multilaterais na solicitação de empréstimos financeiros ao desenvolvimento económico.
Em 2020 a mesma agência tinha dado ao país uma nota CCC, que revela o grau especulativo da capacidade de o país honrar com os seus investimentos. Na passada Sexta-feira, 21, os profissionais da Fitch decidiram elevar a posição de investimento do país, justificando “com uma melhoria significativa nas métricas fiscais e externas do país, sustentada por um regresso a um crescimento económico positivo, uma gestão fiscal sólida e preços do petróleo mais elevados”.
O rating é uma das principais medidas de avaliação do risco de um empréstimo ou de um investimento. Ou seja, uma avaliação de rating revela a capacidade de um país ou de um agente económico singular honrar com suas obrigações financeiras.
Segundo os peritos da Fitch, Angola está a voltar à recuperação económica, o que mostra ou devolve confiança aos mercados de o país vir a honrar com os compromissos de crédito internacional.
Os experts da Fitch concluem também que a ajudar nessa avaliação estável do país está o facto de os preços do petróleo terem recuperado acentuadamente, desde o início da pandemia da Covid-19, além de a probabilidade de cenários negativos relacionados com os mercados petrolíferos terem diminuído.s
“A forte dependência de Angola do petróleo, representando em média 34% do seu Produto Interno Bruto (PIB), 56% das receitas fiscais e subvenções, assim como 96% das receitas externas durante os cinco anos, até 2020, levou a melhorias substanciais nas principais métricas de crédito”, explicam os especialistas da Fitch, em nota.
Além de terem melhorado a situação de crédito do país, os profissionais da Fitch projectam um crescimento do PIB de 0,1% em 2021, acelerando para 2,1% e 3,1% em 2022 e 2023, respectivamente, impulsionado principalmente pelo sector não petrolífero, isto após cinco anos consecutivos de contracção económica.