O Campeonato Nacional de Golfe Empresas já é uma marca incontornável e uma plataforma de promoção de muitas organizações dentro e fora do país. Na verdade, o projecto tem o golfe como pretexto e cenário para que as marcas e empresas possam interagir e criar relações com um segmento executivo e decisor.
Trata-se da criação de um ambiente propício para que jogadores e parceiros estejam receptivos e interessados na expansão do seu network e new business. No entanto, devido a pandemia do novo coronavírus, pela primeira vez, desde que foi lançada há sete anos, a final do The Golf Cup Unitel BFA será disputada no campo dos Mangais, na Barra do Kwanza, em Luanda.
Segundo Tomás Fonseca, sub-director do The Golf Cup, em entrevista à FORBES, ao longo destes anos as finais foram realizadas entre África do Sul, Namíbia e Portugal e a sétima edição estava para ter lugar na Suazilândia. Por outro lado, revela que, no que tem que ver com a activição de marcas, à excepção dos Master Sponsors e o naming do Campeonato-Unitel e BFA, não foi possível dar espaço às com estatuto de Silver Sponsor como Casais Angola, Cuca, Dom Vicente, Insulana, President Business Center, K Sushi, Speisse, Espaços e Millway.
Porém, garante, foi dada apenas uma longa lista de contrapartidas em momentos merchandising, comunicação e espaço digital. “Ano atípico e de incertezas com consequentes decretos de lei e novas regras que nunca permitem a realização de eventos. O golfe chegou mesmo a ser inserido na mesma categoria que a caça e o xadrez”, considera Tomás.
Apesar disso, a organização quer continuar a elevar a qualidade e, por isso, apostar nas medidas de segurança para garantir que seja dado o mesmo nível de organização das anteriores finais, como aconteceu, por exemplo, com a sexta edição, realizada em Joanesburgo.
“Há sempre a aquela expectativa dos jogadores irem em viagens, estar num sítio novo e termos sempre aquela sensação que estamos numa aventura”, diz, assegurando no entretanto, que “fazer isso em casa vai ser diferente, mas com a mesma qualidade” e será uma oportunidade para mostrar as pessoas que “o golfe em Angola, nem sempre é igual”.
Quanto ao prémio dos vencedores para sétima edição, vai ser atribuído apenas um troféu e um certificado. “No fundo é dar o palco e o estrelato aos vencedores”, sublinha Tomás Fonseca.
Golfe solidário suspenso
Ao contrário do que acontece todos os anos, na sétima edição, o golfe solidário – uma acção criada para arrecadar fundos para apoiar instituições de caridade –, foi suspenso.
A organização considera que, o formato está “gasto” e que, por isso, tem tido cada vez menos adesão dos participantes. “Já tínhamos decidido que podíamos mudar de formato e sentimos que estava na altura de o reinventarmos”.
De lembrar que na época passada foram arrecadados 5 milhões de kwanzas com um quadro pintado pelo falecido artista Paulo Kapela, entregues ao Banco Alimentar.