A Fidelidade Angola fechou o exercício de 2020 com 15% de quota de mercado, de acordo com dados da Associação de Seguradoras de Angola (ASAN) e com mais de 29 mil milhões de kwanzas em prémios emitido.
A seguradora, que vem se notabilizando no mercado, obteve no ano passado, segundo indica o seu relatório e contas consultado pela FORBES, um resultado líquido de 1.045 milhões de kwanzas, mais 556 milhões de kwanzas face a 2019, o que representa um crescimento 114%.
Já os capitais próprios da seguradora ascenderam 25% para perto de 13 mil milhões de kwanzas, a rentabilidade dos capitais próprios cresceu 8%, enquanto o activo líquido se fixou nos 55 mil milhões de kwanzas, com uma margem de solvência na ordem dos 179%.
O CEO da Fidelidade, Armando Mota, promete que “a companhia tudo fará para se manter em terreno positivo a sua actividade e para contribuir para uma cada vez mais presença e maior rentabilidade da actividade seguradora na economia angolana”.
O gestor diz acreditar que no presente exercício económico poderá haver melhorias em termos de emissão de prémios de seguro directo, que aponta, deverão crescer cerca de 7%.
No quadro da sua estratégia de crescimento e em pleno cenário pandémico, a companhia investiu mais de 100 milhões de kwanzas na construção de três agências, inauguradas nesta Quarta-feira, 14, em Luanda. No conjunto, as três novas lojas criam 12 novos empregos directos e 50 indirectos.
Em entrevista à FORBES, Jardel Duarte, administrador da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), diz que a instituição “tem olhado com positivismo” ao investimento que a Fidelidade e outras seguradoras vêm realizando. Para o responsável, o facto transmite maior segurança no sector, tanto a nível social, através da geração de emprego, como para competitividade nacional.
“É nosso objectivo, enquanto regulador do sector, aumentar o nível de penetração do mercado de seguros em Angola, através de leis e caminhos que nos permitam atrair maiores investidores e manter os players que já actuam no país”, afirma Jardel Duarte, enfatizando que “o percurso é desafiador”, devido ao nível de literacia no que ao seguro diz respeito.