O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) de Angola vai conceder garantias públicas, após análise de risco de crédito, para os projectos que apresentem viabilidade técnica, económica e financeira, fundamentalmente às micro, pequenas e médias empresas (MPME), incluindo start-ups e cooperativas, que cumprirem com os requisitos de acesso à Zona Económica Especial.
O compromisso foi assumido, há dias, em Luanda, à margem da 5.ª edição da Expo-Indústria, com a assinatura de um memorando de entendimento entre o FGC e a Sociedade de Desenvolvimento da Zona Económica Especial (SDZEE) Luanda/Bengo, que vai facilitar as garantias de crédito das MPME que desenvolvem a sua actividade naquela circunscrição.
O presidente do conselho de administração do FGC, Luzayadio Simba, disse que o objectivo é estar mais próximo dos promotores, já que na Zona Económica Especial existem cerca 15 empresas do sector alimentar, construção civil e indústria transformadora, que foram apoiadas pelo Fundo de Garantia de Crédito, com um financiamento global de 50 milhões de dólares.
No quadro deste protocolo, avançou Luzayadio Simba, o FGC vai instalar este ano uma agência na ZEE, no sentido de facilitar o contacto com os promotores que se encontram naquele espaço industrial. “Já temos o espaço localizado e esperamos que nos próximos dias consigamos inaugurar”, perspectivou.
Segundo o PCA da Zona Económica Especial, Manuel Pedro, a intenção é trazer às indústrias mais um serviço ligado a uma necessidade que tem apresentado e que tem que ver com o acesso ao financiamento, para permitir alargar as suas bases de produção.
O acordo visa também estimular e dinamizar a criatividade e a produção interna, em consonância com o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), bem como incentivar a criação de garantias públicas com a cobertura de até 75% do capital financiado e com juros bonificados para as micro, pequenas e médias empresas, cooperativas e Start-ups que, mediante o cumprimento dos requisitos de acesso, implementem os seus projectos na ZEE.
Actualmente, explicou Manuel Pedro, a Zona Económica Especial tem cerca de 157 indústrias, das quais 87 já se encontram em funcionamento, sendo que as restantes estão em processo de instalação.