A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) disponibilizou 150 mil dólares, ao Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), para apoiar apoiar um programa de assistência técnica que será implementado inicialmente em Luanda e se estenderá às províncias do Cunene, Cuanza Sul, Huíla e Huambo.
Segundo apurou à FORBES a partir de um documento do MASFAMU, a verba visa contribuir para o empoderamento socioeconómico das mulheres angolanas, bem como promover o alívio económico, através da promoção de actividades geradoras de rendimento e de novos postos de trabalho ligados à cadeia de valores da agricultura e pescas.
Para o efeito, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, e a representante da FAO em Angola, Gherda Barreto, assinaram esta semana, em Luanda, um protocolo de cooperação no domínio do empoderamento económico das mulheres no meio rural e periurbano.
Na ocasião, a representante da FAO disse tratar-se de um programa “muito importante” e, por este facto, apelou as instituições financeiras no sentido de apoiares projectos liderados por mulheres, por forma, a melhorar a produção da agricultura e pescas no país.
Por sua vez, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, afirmou que o acordo de cooperação se reveste de grande importância na medida em que vai contribuir para o reforço das competências de 100 mulheres organizadas em cooperativas.
“As mulheres constituem a maioria do universo populacional em Angola, representando actualmente 52% da população”, lembrou a governante.
O programa de empoderamento económico visa reforçar a autonomia económica, produtiva e de agronegócio, liderado por mulheres, bem como capacitar as senhoras em matéria do negócio agrícola empresarial, aprimorando as suas habilidades, assim como no fortalecimento dos serviços de microfinanças e crédito rural.
Liderado pelo MASFAMU, conta com o apoio do Ministério da Economia e Planeamento, assim como do Ministério da Agricultura e Pescas. O mesmo enquadra-se no programa de promoção de género e empoderamento da mulher, concretamento nos projectos de empoderamento económico e de capacitação da mulher no meio rural.
Apesar das políticas do executivo direccionadas a mulher e dos avanços registados no seu empoderamento, Faustina Alves salientou que, em Angola, elas ainda se debatem com as desigualdades sociais, económicas, políticas e enfrentam diversas barreiras, que se prendem com a sua inserção social e económica, o que as coloca em situação de pobreza e de vulnerabilidade.
Por esta razão, justificou, o reforço das acções de empoderamento da mulher para a igualdade de género, constituem uma prioridade a nível político e uma premissa das estratégias do país, para o alcance dos objectivos na redução dos índices de pobreza em Angola, cuja matéria pela sua transversalidade, remete para um maior engajamento dos diferentes departamentos ministeriais.
“Daí a busca de sinergias entre os vários programas do Executivo virados para a promoção da mulher, com particular incidência no meio rural, bem como das agências do sistema das Nações Unidas”, indicou.