Nunca fez parte de cliques partidárias nem nunca foi seduzido pelo canto de sereia do poder. Ficou conhecido pela fugaz passagem pelo primeiro governo liderado por José Sócrates: foi a primeira escolha para Ministro das Finanças. Sai meses depois em desacordo com a estratégia do primeiro-ministro e é substituído por Teixeira dos Santos. Luís Campos e Cunha, economista independente, dedica-se principalmente a dar aulas na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e a promover uma das suas grandes paixões, as artes plásticas. Vai analisando o desempenho económico do seu país, sempre atento a oportunidades e desequilíbrios.
Segundo Campos e Cunha, o turismo veio para ficar e vai continuar a ajudar a nossa economia. A quebra no investimento público em infraestruturas não é problemática, graças à boa herança das últimas décadas – excepto na ferrovia. A redução da dívida é um imperativo nacional e deve ser feita rapidamente e em força. É necessário ainda reformar sectores, haja vontade política. E classifica o debate em torno de uma eventual reestruturação da dívida pública como “criminoso”. Uma entrevista sobre os desafios presentes e futuros do país a ler na edição de Maio.