A falta de governação electrónica na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode tornar difícil o alcance da mobilidade dos cidadãos para as mais diferentes finalidades, considerou há dias, em Luanda, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República de Angola, Adão de Almeida.

Durante a abertura da 2ª Reunião Interministerial da Governação Electrónica, o governante angolano afirmou que, com isso, muito dificilmente os Estados-membros conseguirão incrementar os níveis das trocas comerciais entre si, o que pode comprometer as ambições da comunidade.

“É, pois, desejável que comecemos a desenhar os caminhos para interoperabilidade digital para certos efeitos entre as administrações públicas dos Estados da CPLP”, sublinhou.

Da administração pública, apontou o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República de Angola, os cidadãos procuram cada vez mais eficiência e menos burocracia, tratando-se de desafios nos dias de hoje inatingíveis sem o recurso as tecnologias de informação e comunicação.

“Angola tem dado passos significativos em direcção a governação electrónica, em perfeito alinhamento com as acções tendentes a reformar a administração pública, tornando-a mais dinâmica e capaz de responder convenientemente aos mais elementares anseios dos seus utentes”, garantiu Adão de Almeida.  

Considerando a necessidade de acção concertada, com foco na transformação  digital da administração pública, sustentou, o executivo angolano, depois de ter aprovado o respectivo roteiro para a sua elaboração, está a preparar a agenda de transição da administração publica, a qual assenta na identificação de serviços para simplificação administrativa, desmaterialização, desformalização dos procedimentos e a desburocratização dos serviços públicos, de modo a aumentar a eficiência administrativa nos mais variados domínios.

De recordar que Angola assumiu, Quinta-feira última, 20 de Julho, a presidência rotativa da Reunião Interministerial da Governação Electrónica da CPLP, para um período de dois anos, sucedendo Cabo Verde.