O nível de facturação das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) que actuam no sector da saúde humana e acção social cresceu 19% de Outubro a Novembro de 2020, destacando-se entre os demais sectores, de acordo com o resultado de um inquérito realizado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), publicados no seu website.
A pesquisa feita pelo banco central e que visa aferir o impacto da Covid-19 nas MPME, coloca nas posições imediatas as empresas viradas às actividades de consultoria, científicas técnicas e similares que registaram um crescimento de 7,2%, indústrias extractivas (6,8%) e indústria transformadoras (4,6%), enquanto as actividades de informação e comunicação e de alojamento registaram a maior queda, comparativamente ao mês anterior.
O inquérito, que considerou informações avançadas por 452 empresas nas 18 províncias do país, aponta que, no global e em meio à pandemia, o nível médio de facturação das MPME passou de 298,2 milhões de kwanzas no mês de Outubro para 301,8 milhões de kwanzas em Novembro, representando um crescimento de 1,2%. Tal crescimento, justifica o órgão regulador do mercado financeiro, deve-se ao abrandamento das medidas de confinamento e uma maior procura derivada pela maior mobilidade das pessoas.
Apesar do crescimento médio verificado na facturação das empresas, o BNA considera “preocupante” a instabilidade das MPME, visto que 74,8% das empresas inqueridas reportaram estarem a enfrentar dificuldades financeiras de vária ordem, entre as quais, a falta de liquidez, a ausência de clientes, salários em atraso e incumprimento de pagamentos aos fornecedores.
Por outro lado, avança a pesquisa, a percentagem de empresas que consideraram ter uma situação financeira estável cresceu, face a Outubro, 2,8 pontos percentuais, situando-se nos 17,9%. Neste capítulo, destacaram-se as empresas do sector das indústrias extractivas (60%), indústrias transformadoras (28%) e saúde humana e acção social (26,7%).