A Fabrimetal nasceu em 2006 na República Democrática do Congo e, com uma visão ambiciosa dos seus fundadores, rapidamente expandiu o seu negócio pelo continente africano, sendo que Angola foi o segundo mercado, depois da RDC, e o primeiro em África a ver instalada uma base industrial da empresa que hoje se encontra em dez países do continente, entre eles Mali, Ruanda, Burkina Faço, Senegal e Gana.
Localizada no Pólo Industrial de Viana, há 25 km do centro da cidade de Luanda, além do varão de aço, a Fabrimetal produz também cantoneiras, varas e perfis, trabalhos executados 100% por jovens angolanos, com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos e que trabalham em regimes de turno, 24/24 horas.
A unidade tem instalada uma capacidade de produção anual de 144 mil toneladas – numa média de 12 mil toneladas por mês, cujo destino principal tem sido a República do Senegal. Só neste segundo semestre, a empresa prevê exportar para aquele país da África Ocidental cerca de 6 mil toneladas, esperando facturar com isso, calculadamente, mais de 4 milhões de dólares, segundo revelou em exclusivo à FORBES o director-geral, Luís Diogo.
“Este ano só de exportação já atingimos às 10.500 toneladas, dentro de uma previsão de 25 mil toneladas. No ano passado, foram exportadas 19. 500 toneladas. Apesar dos condicionamentos por conta da pandemia, estamos agora a preparar para o segundo semestre de 2021 a exportação para o Senegal de 6 mil toneladas, com valor de venda de 750 dólares por tonelada”, adianta o gestor.
Há dez anos a operar no mercado, a empresa tem reforçado a sua presença no país, tendo reinvestido, em 2020, cerca de 21 milhões de dólares para aumentar a sua capacidade de produção.
A entrada da Fabrimetal no mercado angolano, onde emprega actualmente 560 trabalhadores nacionais e 111 expatriados (num total de 671 colaboradores), resultou de um investimento inicial acima dos 9 milhões de dólares.
Luís Diogo diz ser ambição da empresa chegar aos países lusófonos, algo que só não se concretizou até ao momento por culpa da pandemia da Covid-19, que assola o país e o mundo. “Moçambique poderá ser o primeiro país da lusofonia a receber o que produzimos em Angola. Infelizmente ainda não concretizamos este objectivo pelas inúmeras restrições impostas pelo actual cenário pandémico”, justifica o gestor.