Nunca antes de 2030. O carro voador do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEIIA) não chegará antes de dobrarmos esta década, diz-nos Helena Silva, directora técnica do CEIIA.
A expectativa dos engenheiros é que se concretize um lançamento mais precoce do seu carro voador dedicado ao transporte de mercadorias, confessa José Silva, um dos mais de 200 engenheiros da instituição. Helena leva-nos até ao estirador de José num laboratório onde a inovação brota desta comunidade científica, mas onde não pode haver cópias, impressões ou imagens de projectos à vista de quem ali entre – “em cima da mesa nunca na vida temos coisas que estamos a trabalhar com a PSA, Volkswagen ou seja com quem for“, ressalva Helena.
A responsável pelo clube de cérebros da técnica no CEIIA descreve o veículo voador que têm em mãos como uma cabina onde viajam as pessoas e que no ar segue agarrada a um módulo com asas, enquanto no chão essa mesma cabina, depois de largada pelo “helicóptero”, se acopla a um “skate” que faz o transporte pelas ruas, sempre em modo autónomo, em que o humano se limita a ser o passageiro.
De tudo isto, o “skate”, onde estão as baterias eléctricas e o módulo de condução autónoma, é o único elemento em fase avançada no CEIIA. Após tentativas de vários empresários ou apaixonados pelo mundo automóvel, o primeiro carro português do século XXI vem a caminho, pela mão do CEIIA e de parceiros da indústria e da Academia. Os testes intensivos em estrada deveriam estar a arrancar, mas tudo foi colocado em pausa para que a ciência do centro se concentre na concepção de um ventilador para acompanhar os esforços de combate à Covid-19.
Leia a reportagem completa na FORBES de Abril/Maio, nas bancas.