As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares em 2023, num novo recorde histórico, de acordo com dados oficiais.
Este é o valor mais elevado desde que o Fórum Permanente para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013.
Segundo avança a Lusa, as exportações aumentaram 6,2% em comparação com 2022, sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas subiram 11,9%, para 122,4 mil milhões de dólares, um novo máximo histórico.
Pelo contrário, as exportações de Angola caíram 18,7% para 18,9 mil milhões de dólares, e as vendas de mercadorias de Portugal para a China decresceram 4,1% para 2,91 mil milhões de dólares.
A maioria dos países de língua portuguesa exportou menos para o mercado chinês, incluindo a Guiné Equatorial (menos 9,4%), Timor-Leste (menos 48,7%), São Tomé e Príncipe (menos 53,8%) e Guiné-Bissau (menos 40,2%).
Além do Brasil, só Moçambique e Cabo Verde conseguiram vender mais à China. As exportações moçambicanas terão aumentado 33,9% para 1,79 mil milhões de dólares, também um novo recorde, enquanto as vendas cabo-verdianas mais que triplicaram, embora apenas para um valor de 72 mil dólares.