O açúcar exportado por Moçambique no primeiro semestre rendeu 14,7 milhões de dólares, um aumento de 36% face ao mesmo período de 2023, indicam dados do banco central.
De acordo com um relatório do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos nos primeiros seis meses do ano, trata-se de uma forte recuperação de uma das principais culturas agrícolas do país, tendo em conta a queda homóloga de 70,7% registada no primeiro trimestre.
“O comportamento das exportações do açúcar foi favorecido pela recuperação da produção e consequente exportação, após os impactos climáticos adversos que afectaram a produção registada em igual período de 2023”, lê-se no relatório sobre o desempenho do primeiro semestre, que compara com as vendas de 10,8 milhões de dólares no mesmo período do ano passado.
A Lusa noticiou, em agosto, que a produção de açúcar na Açucareira de Mafambisse, na província de Sofala e uma das principais de Moçambique, está em queda, devido aos efeitos combinados das intempéries e das alterações climáticas, segundo a administração.
“Estamos a registar baixas na nossa produção de açúcar devido a algumas dificuldades provocadas pelas intempéries registadas nos últimos anos no país”, disse, na Quinta-feira, aos jornalistas, o director da Tongaat Hulett, grupo que detém a Açucareira de Mafambisse, Pascoal Macule.
O responsável, citado pela Lusa, avançou que, das 75 mil toneladas produzidas anualmente pela firma, esta caiu para 40 mil nos últimos dois anos, criando avultados prejuízos à fábrica.