As exportações chinesas para os países de língua portuguesa aumentaram 17,4% nos primeiros 11 meses de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, e atingiram um novo recorde, indicam dados oficiais.
De acordo com dados dos Serviços de Alfândega da China, as mercadorias vendidas para os mercados lusófonos até Novembro atingiram 78,7 mil milhões de dólares.
Este é o valor mais elevado desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar estes dados, em 2013.
O anterior recorde anual, de 73,4 mil milhões de dólares, foi fixado em 2023.
Os dados divulgados na quinta-feira revelam que o Brasil foi o maior comprador no bloco lusófono, com importações vindas da China a atingirem 66,5 mil milhões de dólares, uma subida de 23,5% em termos anuais.
Em segundo na lista vem Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 5,54 mil milhões de dólares, mais 3,6% do que nos primeiros 11 meses de 2023. Na direcção oposta, as exportações lusófonas para a China caíram 2,3% até Novembro, para 129,9 mil milhões de dólares.
Os dados mostram que a descida se deveu sobretudo ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram 2,2% para 108,3 mil milhões de dólares.
Além disso, também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 4,5% para 16,2 mil milhões de dólares nos primeiros 11 meses de 2024.
Pelo contrário, diz a Lusa, 7as vendas de mercadorias de Portugal para a China aumentaram 11,2% para 2,88 mil milhões de dólares, enquanto as exportações de Moçambique subiram 6,6% para 1,62 mil milhões de dólares.
Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 13,8%, para 972,9 milhões de dólares, enquanto as vendas de Timor-Leste (menos 99,1%), Cabo Verde (menos 81,9%) e São Tomé e Príncipe (menos 70,7%) também caíram em comparação com o período entre Janeiro e Novembro de 2023.