As exportações de gás natural de Moçambique dispararam, em volume, 80,9%, no segundo trimestre, face a 2022, rendendo 336 milhões de dólares, segundo dados do banco central.
De acordo com um relatório do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos do país no segundo trimestre, trata-se de um encaixe 238,1 milhões de dólares superior ao do período homólogo do ano passado, explicado essencialmente pelo incremento do volume exportado.
“A justificar, o início da exploração e exportação do gás da área 4 da bacia do Rovuma, visto que o preço internacional caiu em 64,1%”, lê-se no ducumento.
Apesar deste incremento, o gás natural não destronou o carvão mineral como o principal produto de exportação de Moçambique, que rendeu ao país 583,4 milhões de dólares no segundo trimestre, menos 28% face ao período homologo de 2022, neste caso influenciado pela “diminuição do preço médio no mercado internacional em 57,8%, enquanto o volume exportado incrementou em 27,5%”.
Por sua vez, as receitas provenientes da exportação de alumínio e energia eléctrica decresceram em 43,6% e 9,4%, respectivamente, devido à combinação de vários factores, valendo, respectivamente, no mesmo trimestre, 310 milhões de dólares e 131,7 milhões de dólares.
Globalmente, de acordo com a Lusa, as exportações da economia moçambicana renderam 2 012 milhões de dólares no segundo trimestre, menos 179 milhões de dólares face a igual período do ano transato.
Do valor, a Índia liderou as compras a Moçambique, com uma quota de 15,3% do total, sobretudo carvão mineral, seguindo-se a África do Sul, com 13,3%, liderando a importação de gás natural, e a China, com 10,3%, essencialmente em areias pesadas.