A exportação de cacau em São Tomé e Príncipe caiu 43,4%, no segundo trimestre de 2020, face a igual período de 2019, de acordo com o relatório trimestral da conjuntura macro-económica do país, que aponta as pressões relacionadas com o escoamento desta matéria-prima no actual contexto de menor procura, como a principal causa do trambolhão.
O documento, divulgado esta semana pelo Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP), ressalta que o preço deste produto no mercado internacional, ao longo do segundo trimestre do ano passado, evoluiu em sentido descendente, fixando-se em 2,3 USD/kg contra os 2,4 USD/kg no período homólogo de 2019.
De modo geral, o relatório demonstra que a nível da balança comercial de bens observou-se uma redução do saldo deficitário em 25,9%, atingindo o valor nominal aproximado de 23 milhões de dólares, contra os 30 milhões de dólares do segundo trimestre de 2019.
Não obstante a queda das exportações de bens equivalente a um milhão de dólares (- 33,3%), a redução do saldo da balança comercial reflecte, na sua maioria, na diminuição das importações de bens, em valor absoluto de cerca de 9 milhões de dólares (-25,8%), com destaque para uma forte retracção dos bens alimentares (-14%).
Os produtos petrolíferos também apresentaram uma contracção de 36%, justificada pela redução do preço da generalidade dos derivados do petróleo no mercado internacional, como o gasóleo (- 38%), a gasolina (-33%) e outros (-30%).
Do lado oposto, os bens de capital, que incluem as fábricas, máquinas, ferramentas e equipamentos, registaram um crescimento de 26%, explicado pelo aumento em 64% nos equipamentos.
O documento refere que este resultado está associado à realização de alguns projectos de investimentos público programados, nomeadamente a reabilitação da cidade capital e a construção de casas sociais.