O actual modelo operacional da Reserva Estratégica Alimentar (REA) “não é adequado e não funciona”, concluiu a Equipa Económica da Comissão Económica do Conselho de Ministros que, em reunião liderada pelo ministro do Estado, Jose Lima Massano, recomendou auditoria externa à operação.
De entre as resoluções, destaque para o fim das linhas de financiamento com o Banco Keve, BFA, Mashreq Bank e Africaeximbank, tendo sido reconvertida a linha com o BAI para apoiar a campanha agrícola 2023-2024, refere documento a que a Forbes teve acesso.
Termina também o contrato com a GECESTA, passando as importações a serem comercializadas pelo Entreposto Aduaneiro de Angola “a preço de mercado, sem os subsídios de 17%2”.
Ao Ministério da Indústria e Comércio é solicitado uma tabela de preços mínimos de referência para os produtos que serão adquiridos pela REA e ainda um novo levantamento dos produtos que compõem a cesta básica, a nível nacional e por regiões no prazo de 30 dias.
Em maio deste ano, Eduardo Machado, coordenador da REA, anunciou que o stock da Reserva terá movimentado 500 milhões de dólares, com previsões de aumento para 2023, mas não escapou aos rumores de falta de transparência.
Recorde-se que a gestão da REA foi entregue à GECESTA, empresa sob a alçada do Grupo Carrinho, com um stock inicial de 200 milhões de dólares, segundo avaliação feita em 2021.