Os Estados Unidos estão a avaliar um potencial financiamento no valor de 250 milhões de dólares (231 milhões de euros) no corredor ferroviário do Lobito, disse a Casa Branca.
Num comunicado divulgado no sábado, a presidência norte-americana fez saber que o financiamento seria feito através da agência governamental US International Development Finance Corporation (DFC).
O investimento faria parte da iniciativa Parceria para Infraestruturas e Investimentos Globais para países de baixa e média rendimento, lançada pelo Presidente norte-americano Joe Biden e pelo bloco G7.
O projecto do Lobito é “o primeiro passo para ligar e desenvolver a actividade comercial e económica de Angola à República Democrática do Congo que pode ajudar a promover maiores investimentos na agricultura, infra-estrutura digital e acesso alargado à electricidade”, afirmou a Casa Branca.
Os EUA estão “a procurar activamente oportunidades adicionais para ligar os investimentos iniciais do corredor do Lobito através do continente, à Tanzânia e, finalmente, ao oceano Índico”, refere o comunicado.
O corredor do Lobito é formado pelo porto desta cidade e pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela, sendo a rota de exportação mais rápida para o cobre, cobalto e outros minérios aos países como a Zâmbia e a RDC.
Outro órgão governamental, a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, anunciou uma iniciativa de pagamentos digitais com a operadora de telecomunicações Africell para apoiar serviços de Internet e dinheiro móvel em todo o corredor do Lobito.
O coordenador especial de Joe Biden para infraestruturas globais e segurança energética, Amos Hochstein, disse em fevereiro que os EUA são “apoiantes entusiásticos” do corredor do Lobito, que vai “tornar os investimentos mais financiáveis, reduzindo custos e aumentando oportunidades”.
Na Sexta-feira, 19, dia em que se completaram 30 anos sobre o estabelecimento de relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Angola, Joe Biden disse que os dois países estão a expandir a cooperação económica.
O presidente norte-americano sublinhou “a procura de investimentos adicionais através da Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais para construir infraestruturas de qualidade e sustentáveis que liguem Angola aos mercados globais”.