A União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) garantiram no último Sábado, 09, que estão a unir-se para apoiar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, nomeadamente através do lançamento de estudos de viabilidade para uma nova expansão da linha ferroviária greenfield entre a Zâmbia e Angola, com vista a acelerar este trabalho em parceria com os três países africanos.
O compromisso, segundo uma nota publicada do website da casa Branca, foi assumido pela União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América à margem do evento da Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais (PGII) do G20, na Índia, considerando que isto “representa uma evolução poderosa do elemento da parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais, com uma abordagem colaborativa que poderia ser replicada noutros corredores estratégicos em todo o mundo”.
Segundo a declaração conjunta dos Estados Unidos e da União Europeia sobre o Apoio ao compromisso de Angola, da Zâmbia e da República Democrática do Congo de desenvolver ainda mais o Corredor do Lobito e o lançamento pelos EUA e a UE de um estudo de viabilidade da linha ferroviária Greenfield.
“A parceria EUA-UE irá modernizar infra-estruturas críticas em toda a África Subsaariana para desbloquear o enorme potencial desta região. Estamos entusiasmados por unir forças para gerar benefícios económicos com os nossos parceiros em Angola, na República Democrática do Congo e na Zâmbia”, referem.
A parceria combinará recursos financeiros e conhecimentos técnicos para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, incluindo investimentos no acesso digital e nas cadeias de valor agrícolas que aumentarão a competitividade regional. Este anúncio mostra a PGI e a Global Gateway em acção, reunindo parceiros para financiar projectos multibilionários que ajudarão a criar empregos locais, diminuir a pegada de carbono e melhorar as economias locais.
Como próximo passo imediato, os Estados Unidos e a União Europeia apoiarão os governos no lançamento de estudos de pré-viabilidade para a construção da nova linha ferroviária Zâmbia-Lobito, desde o leste de Angola até ao norte da Zâmbia. Isto baseia-se no apoio inicial liderado pelos EUA para a renovação do troço ferroviário do porto do Lobito, em Angola, até à República Democrática do Congo.
Entretanto, perspectiva-se que quando a infra-estrutura de transportes que liga os três países estiver totalmente operacional, o Corredor aumentará as possibilidades de exportação para a Zâmbia, Angola e a República Democrática do Congo, impulsionará a circulação regional de mercadorias e promoverá a mobilidade dos cidadãos. Ao reduzir significativamente o tempo médio de transporte, a nova ferrovia reduzirá os custos logísticos e a pegada de carbono da exportação de metais, bens agrícolas e outros produtos, bem como para o desenvolvimento futuro de quaisquer descobertas minerais.
Os Estados Unidos e a União Europeia planeiam explorar a cooperação em três áreas específicas, nomeadamente investimentos em infra-estruturas de transporte, medidas para facilitar o comércio, o desenvolvimento económico e o trânsito e apoio a sectores relacionados para fomentar o crescimento económico inclusivo e sustentável e o investimento de capital em Angola, na Zâmbia e na República Democrática do Congo, a longo prazo.
“Especificamente, isto inclui o desenvolvimento de projectos de energia limpa para aumentar o fornecimento de energia às comunidades vizinhas, apoiar o investimento diversificado em minerais críticos e cadeias de abastecimento de energia limpa, alargar o acesso digital, aumentar as cadeias de valor agrícola para melhorar a produção local de alimentos para a população em expansão da região e abordar insegurança alimentar global, bem como aumentar a formação da mão-de-obra local”, termina a nota.