O Estado angolano já tem data para a conclusão do processo de saída do capital do Banco Caixa Geral Angola (BCGA), Banco Angolano de Investimento (BAI) e da gigante do sector da construção Mota-Engil. Os primeiros seis meses de 2022 é o período indicativo para que ocorra a venda definitiva das participações nestas instituições, segundo anunciou nesta Quarta-feira, 01, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos.
A definição do prazo surge na sequência da aprovação pelo Governo de recomendações “no sentido de fazer com que estes activos possam ser alienados até ao final do primeiro semestre de 2022”, conforme assinalou o secretário de Estado, que falava aos jornalistas após uma reunião da Comissão Nacional Interministerial responsável pela implementação do Programa de Privatizações (CNI-PROPRIV).
De acordo com a estratégia do programa, o processo de privatização das participações do Estado no Banco Caixa Geral de Angola (25%) está já previsto para este ano, enquanto os 8,5% que o Estado detém no BAI, por via da Sonangol Holdings, serão alienados em bolsa, por meio de uma Oferta Pública de Venda.
Na Mota-Engil, o Estado angolano tem uma participação de 20% do capital social, detidos, também, por via da Sonangol, quota que deve igualmente ser ‘despachada’ dentro dos primeiros seis meses do próximo ano.
Ao fazer o balanço do andamento de todos os processos de privatizações em curso, Ottoniel dos Santos adiantou ainda que o processo de venda das 16 unidades industriais levadas a concurso deve estar fechado já este ano, sem, no entanto, detalhar quantas propostas foram já recebidas.
Do grupo das 16 unidades industriais a privatizar, integram, entre outras, a Angola Cabos, que actua na indústria de Cabos de fibra ótica; a Angtor, da indústria de torneiras; a Infer, que actua nos sectores de puxadores, dobradiças, fechaduras e cilindros, e a Indugalv, que cuida da cromagem, niquelagem e zincagem.
Da vasta lista de empresas a privatizar constam ainda a Bombagua, a Induplastic, a Indumassas, Ninhoflex, Indupame e a BTMT, além da Betonar e da Inducabos, esta que actua na indústria de cabos elétricos de baixa e média tensão.
Do total de 138 activos inscritos no PROPRIV foram vendidos até agora 41, incluindo seis empresas de referência, estando em fase de conclusão outros 27 processos, segundo dados do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).