Angola vai despachar, por via de concurso público, a participação social que detém, de forma indirecta, na empresa de construção civil Mota Engil, de acordo com o Despacho Presidencial nº32/22.
O Estado angolano detém, por via da Sonangol Holdings, 20% da posição total daquela empresa de origem portuguesa e que agora deve ser colocado à venda, ao abrigo do programa governamental em curso de retirada das ‘mãos’ do Estado na economia, pelo menos enquanto accionista.
Esta será uma venda diferente das demais que, por definição do Governo, deverá ser processada fora da Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA). Ou seja, para o Executivo angolano, não estão criadas as condições para que a transacção ocorra em bolsa.
Citado pela Lusa, o Despacho Presidencial nº 32/22, de 11 de Fevereiro, indica que tinha sido aprovado, em Dezembro de 2020, que a alienação deste capital social detido pelo Estado na Mota Engil Angola seria realizada através do procedimento de Oferta Pública Inicial (OPI) na Bolsa de Valores.
Entretanto, o Estado não avança mais justificações que expliquem a alteração da decisão, nem os detalhes do referido concurso com que se espera ‘despachar’ a sua posição naquela empresa.