O subsector de arrendamento de escritórios em Angola apresenta sinais positivos de melhoria, podendo crescer nos próximos cinco anos, projectam os especialistas na matéria, que participaram há dias na primeira edição do “Executive Talks”.
“Escritórios do Futuro. Paradigmas e Tendências” foi o tema do encontro que juntou representantes de empresas do sector do imobiliário que actuam no mercado angolano, para celebrar o terceiro aniversário do FOCUS – Workplace Solutions, um espaço de escritórios modernos e com serviços exclusivos no centro de Luanda
A Consultora Sénior da ZENKI REAL STATE, Iva Mendes, afirmou que actualmente o mercado está em fase de crescimento e terá novos empreendimentos a serem desenvolvidos. Entretanto, a especialista da empresa do sector imobiliário que actua em Angola desde 2010, alerta para as mudanças que podem surgir, uma vez que considera o mercado local “volátil”.
“Há a espectativa é de conseguirmos atrair novos investidores e fazermos novos negócios, porém existem vários factores que influenciam o mercado e que dificultam uma previsão mais directa sobre o futuro do sector imobiliário, com realce para o subsector de arrendamento de escritórios”, referiu.
Quem também está optimista quanto ao futuro do arrendamento de escritórios em Angola é o director da SUUT – Real Estate Consultants, Ricardo Carreira. O gestor da empresa especializada na prestação de serviços integrados no mercado imobiliário em Angola garante que os actuais sinais apontam para um crescimento.
“Temos um PIB [Produto Interno Bruto] em crescimento, uma estabilidade política e o petróleo em alta. Há todos os sinais de uma retoma, de um crescimento, embora não nos níveis de 2012, mas são sinais positivos”, disse Ricardo Carreira, ressaltando, entretanto, que o imobiliário está sempre ligado ao dólar, o que torna difícil acertar o futuro. “Este mercado tem muita instabilidade”, concluiu.
Por sua vez, o director executivo da ABACUS, empresa de consultoria imobiliária, Paulo Trindade, acredita que nos próximos cinco anos a área imobiliária poderá ser confortável para Angola porque, justifica, as commodities, sobretudo o petróleo e o gás, vão continuar a ter um papel importante para a economia do país e para o mundo.
“A economia vai crescer e as empresas vão precisar de mais espaço. Espero que venham a ser tempos positivos para o subsector de arrendamento de escritórios”, ansiou Paulo Trindade.