Inovação, responsabilidade ambiental, educação, formação profissional de quadros, cumprimento da legislação, identificação de indicadores de desempenho e monitorização ambiental são apontados pelo ambientalista Vladimir Russo, director-executivo da Fundação Kissama, como os principais desafios das actividades das indústrias extractivas em Angola.
Para Vladimir Russo, que falava nesta Terça-feira, 05, numa conferência sob o tema “Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, Angola deve ao nível dos PALOP e da CPLP, de um modo geral, seguir os bons exemplos para que a indústria extractiva possa contribuir significativamente para a economia e o desenvolvimento sustentável das comunidades, que normalmente são utilizadas como pontos de explorações.
“Podemos olhar para Moçambique, que tem feito uma gestão exemplar das suas áreas de conservação, como é o caso da Gorongosa e Bazaruto. Cabo Verde é também um exemplo na perspectiva da educação ambiental e São Tomé que tem um projecto na qual nós [Fundação Kissama] temos estado a partilhar experiências de conservação das Tartarugas marinhas”, justificou em exclusivo à Forbes.
Questionado pela FORBES sobre o papel das empresas neste processo, o ambientalista respondeu que existem algumas [empresas] que têm feito o seu papel, “cumprindo com a legislação, apostando na formação de quadros, na inovação e a definir indicadores, o que tem permitido com que as mesmas estejam a contribuir para o desenvolvimento sustentável do nosso meio ambiente”.
Por outro lado, Vladimir Russo considera que as empresas no sector de petróleo e gás são as que menos dificuldades têm encontrado neste processo, ao contrário das ligadas à mineração, “que têm feito pouco investimento”.
A conferência sobre “Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, decorreu numa das unidades hoteleiras de Luanda e foi organizada pela revista Economia & Mercado, com o propósito de analisar a indústria extractiva.