A Eni anunciou que espera o primeiro fluxo de gás em Angola para 2026, resultante do primeiro projecto de gás não associado no país africano desenvolvido pela Azule Energy, consórcio que junta a petrolífera italiana à britânica BP.
O anúncio foi feito por Guido Brusco, director de operações (COO) de Recursos Naturais da Eni, na conferência Angola Oil&Gas que decorre esta semana em Luanda.
O responsável adiantou que o projecto se encontra atualmente com 16% de execução, sendo esperado o primeiro fluxo de gás para 2026, e considerou que o gás “terá um papel fundamental” na geração de energia mais sustentável e será um catalisador para desenvolver a indústria petroquímica, em especial de fertilizantes.
O gestor anunciou também que a Eni está a avançar com um novo negócio “agrobio”, um complexo agroindustrial com capacidade para 20 mil toneladas, devendo o primeiro óleo vegetal ser produzido já em 2024. Por outro lado, indicou Guido Brusco, está em estudo a implementação de uma biorrefinaria no actual complexo de Luanda.
Recorde-se que as petrolíferas italiana Eni e britânica BP criaram, em 2022, a Azule Energy, nova companhia internacional de energia independente em Angola, num investimento de mais de 10 mil milhões de dólares, para produzir petróleo e gás.
A Azule Energy é detida em 50% por cada uma das empresas e espera-se que a prazo seja o maior produtor em Angola, com participações em 16 concessões e na Angola LNG.
Com Lusa