A Guiné-Bissau deverá ter “até ao final do ano, início do próximo” uma alternativa para deixar de depender de uma única empresa no fornecimento de energia, anunciou o primeiro-ministro, Geraldo Martins.
Durante o acto de entrega à Assembleia Nacional do país do programa do Governo e orçamento para 2023, Geraldo Martins, que assumiu a liderança do Executivo guineense em Agosto último, prometeu fazer chegar a tempo da primeira sessão plenária a proposta de Orçamento do Estado para 2024.
Uma das preocupações do Governo, como indicou, é a infraestruturação da Guiné-Bissau, tendo afirmado que o recente corte no fornecimento de electricidade à capital, que durou dois dias, foi o sinal de alerta para alterar a actual situação do país.
“Todos nós agora passamos a ter consciência de que dependemos de uma única empresa para termos luz em Bissau e, portanto, no dia em que essa empresa decidir, por alguma razão, deixar de fornecer electricidade, vamos ficar sem luz”, observou.
A capital do país e arredores é abastecida de energia, desde 2018, por um barco da empresa Karpower, que cortou o fornecimento pouco depois da meia-noite de terça-feira, devido a uma dívida de 15 milhões de dólares. A citada empresa veio, no entanto, a restabeleceu o fornecimento no final da tarde de Quarta-feira, 18, depois de o Governo pagar 6,6 milhões de dólares e dar garantias para a liquidação do remanescente.
O primeiro-ministro assegurou que o Governo “está a trabalhar afincadamente” para que o país tenha alternativas. “Provavelmente, até ao final de ano, início do próximo ano, vamos ter alternativas para não ficarmos completamente dependentes desta situação”, perspectivou.
Uma das alternativas que o Governo guineense tem é a central eléctrica já em construção, que Geraldo Martins garantiu envidar esforços no sentido da sua aceleração da sua conclusão.