A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) prevê aumentar a sua produção para 12 milhões de quilates, em 2023, superando o resultado do ano transacto, que registou uma cifra de cerca de 9 milhões de quilates.
O presidente do conselho de administração da Endiama, Ganga Júnior, apontou que a concretização desta meta dependerá, essencialmente, da melhoria da estrutura de produção das minas em funcionamento e do lançamento de novos projectos para exploração.
Em declarações à imprensa, à margem de uma visita de trabalho que os responsáveis do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) efectuaram na passada semana à diamantífera estatal, o gestor sublinhou também que contínua a transformação do funcionamento das pequenas cooperativas em actividades industriais como outro desafio para 2023.
Neste sentido, adiantou, a empresa regista já casos de sucesso, cujas actividades das semi-industriais no domínio da mineração, que inicialmente eram dominadas pelo “garimpo”, foram convertidas em unidades industriais.
Quanto aos resultados obtidos nos últimos cinco anos, o PCA lembrou que, em 2017, a Endiama registou um prejuízo de cerca de 3,5 milhões de dólares, “um cenário que tem melhorado de forma substancial”, tendo alcançado perto de 80 milhões de dólares, em 2021. Este resultado, sublinhou, foi obtido fruto também da melhoria da produção e venda de diamantes, que possibilitou atingir um volume de facturação anual na ordem dos 2 mil milhões de dólares, em 2022, contra aproximadamente mil milhões de dólares registados em 2018.
Na ocasião, Ganga Júnior lembrou que o processo da implementação da Bolsa de Diamantes em Angola continua o seu curso normal, com previsão de ser efectivado ainda no segundo semestre deste ano, numa sede provisória.
Por seu turno, o administrador do IGAPE, Raimundo Santa Rosa, conforme a Angop, confirmou que “houve melhorias satisfatórias” nas contas da Endiama, comparativamente ao período anterior, por considerar resolver quase todas as reservas ou passivos da empresa.